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STF decide responsabilizar jornal Pernambucano por ter levado ao ar acusações falsas de entrevistado

ANJ crítica STF por decisão de responsabilizar jornal por fala de entrevistado

Redação - Tinguis MP - Marcos Parente -PI
Por: Redação - Tinguis MP - Marcos Parente -PI Fonte: 180graus
12/09/2023 às 23h17
STF decide responsabilizar jornal Pernambucano por ter levado ao ar acusações falsas de entrevistado

Em decisão Supremo Tribunal Federal (STF) responsabiliza os veículos de comunicação pelos atos ilícitos praticados por seus entrevistados e é alvo de críticas da Associação Nacional de Jornais (ANJ).

A entidade, que participou do processo como amicus curiae, afirmou que a medida pode levar à autocensura e restringir a difusão de conteúdos jornalísticos de interesse público.

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O caso julgado pelo STF envolveu uma ação movida contra o jornal Diário de Pernambuco, que publicou uma entrevista na qual um dos entrevistados imputou crimes a outra pessoa. Por maioria, os ministros entenderam que o jornal deveria responder civilmente pelo dano causado à vítima, mesmo não tendo endossado as declarações do entrevistado. O relator do processo, o ex-ministro Marco Aurélio Mello, foi voto vencido.

 

O presidente-executivo da ANJ, Marcelo Rech, disse em nota a CartaCapital que a decisão do STF afeta negativamente a liberdade de imprensa, garantida pelo artigo 5º da Constituição Federal3. Segundo ele, a posição da Corte pode inibir os jornalistas de ouvir e divulgar diferentes opiniões e ideologias, prejudicando o processo de formação do pensamento da comunidade política.

O voto condutor do julgamento foi proferido pelo ministro Alexandre de Moraes, que defendeu a “liberdade com responsabilidade”. Ele foi seguido por Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux e Gilmar Mendes. Outros ministros apresentaram votos divergentes: Luís Roberto Barroso e Kássio Nunes Marques concordaram com a responsabilização do veículo, mas com ressalvas; Edson Fachin e Cármen Lúcia discordaram da responsabilização, mas com fundamentos diferentes; e Rosa Weber acompanhou integralmente o voto do relator Marco Aurélio Mello

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